A Economia Criativa tem chamado cada vez mais a atenção de pessoas empreendedoras. Isso porque ela está em grande crescimento em todo o mundo. Há espaço para todo mundo dentro da Economia Criativa, seja grande ou pequeno. O importante é criar e inovar!
O conceito de Economia Criativa começou a ser moldado em 1994 e ganhou esse nome em 2001. Porém, com seu rápido crescimento, o termo Economia Criativa já deixou de ser novidade e tem se tornado cada vez mais comum entre as pessoas, principalmente entre as pessoas que empreendem. Mas, você sabe o que realmente é?
Economia Criativa é a economia gerada a partir das indústrias criativas. Estas indústrias estão relacionadas a criatividade. Ou seja, o principal recurso dos negócios relacionados a essa indústria é a criatividade e inovação, como a música, por exemplo. A criatividade para a criação de letras e melodias é o principal recurso da atividade.
Por ter a criatividade, expressões culturais e inovação como recursos principais, pode-se considerar que negócios dentro da Economia Criativa possuem recursos ilimitados. Ao contrário do mercado tradicional, que utiliza de recursos naturais limitados (e escassos) como base de seus negócios.
Por esse motivo, é possível afirmar que dentro da Economia Criativa não há saturação do mercado, ou seja, não há uma área em que já tenha muita concorrência, sem espaço para novos negócios. Pelo contrário, quanto mais gente melhor! Afinal, quanto mais gente atuando, mais pessoas serão atraídas e estimuladas a participar, cada qual com seu diferencial.
Só vantagens!
Entre as vantagens de se promover negócios da economia criativa estão a diversidade cultural, inclusão social, sustentabilidade e inovação. Esses são considerados os pilares dessa economia. Dentro dessa economia estão negócios relacionados às seguintes atividades: Arquitetura, Artes cênicas e visuais, Artesanatos, Cinema, Design, Mídia e publicidade, Jogos eletrônicos e videogames, Moda, Música, Tecnologia e Turismo.
Há um outro grande motivo para que a Economia Criativa tem chamado bastante a atenção das pessoas que empreendem: é um setor que está em crescimento. Devido ao potencial de crescimento no Brasil, foi implantada em 2011 a Secretaria da Economia Criativa. Seu objetivo é conduzir a formulação, a implementação e o monitoramento de políticas públicas para o desenvolvimento local e regional, priorizando o apoio e o fomento às pessoas profissionais e aos micros e pequenos empreendimentos criativos brasileiros.
Um dos motivos para se ter esse potencial é que o valor dos produtos e serviços de negócios criativos se baseiam em dimensões simbólicas, podendo ser, assim, bastante lucrativos. Isso porque, o que se gera dentro dos negócios da economia criativa é o que chamamos de patrimônio intelectual. Para se mensurar o valor de um patrimônio intelectual são avaliados diferentes aspectos, e não custo material, como na economia tradicional.
Para se ter uma melhor noção do que é patrimônio intelectual, vamos voltar ao exemplo da música. Uma música é um exemplo de patrimônio intelectual. Como avaliar o valor de uma composição? Esse é um cálculo difícil, e dependendo da música pode-se chegar a números exorbitantes.
Você já deve ter escutado casos de artistas brigando na justiça por plágio, ou seja, quando se copia um patrimônio intelectual sem dar os devidos créditos (e monetizar) à pessoa que criou. Há uma grande discussão no meio sobre o que é plágio e o que não é, afinal tudo que se é criado, é criado a partir de referências. Mas não vamos entrar neste assunto por aqui.
Outro grande motivo, é o potencial empregador do setor. Ou seja, dentro da Economia Criativa é possível a criação de diversas vagas de emprego. Ainda usando a música como exemplo, além do compositor, cantor e banda, há muita gente por trás dessa indústria. Para que um show aconteça, é preciso, montagem de palco, iluminação, som, venda de ingressos e brindes, por exemplo. Ou seja, é muita gente trabalhando para que o show aconteça.
Como a Economia Criativa impulsiona o empreendedorismo
O avanço de tecnologias facilitou o acesso e deu a oportunidade de mais pessoas fazerem parte dessa economia. Usando mais uma vez o setor fonográfico como exemplo, antes, para se lançar uma música, era preciso ter contrato com uma gravadora, que ficava responsável pela gravação e divulgação da música. Com o avanço das tecnologias, as pessoas conseguem gravar (com qualidade) tudo em casa, sem a necessidade de um estúdio. Além disso, artistas conseguem divulgar suas próprias músicas com a ajuda das redes sociais.
Dessa forma, a economia criativa abriu portas para muitos pequenos empreendimentos. Há, entretanto, uma grande dificuldade nesse sentido, já que muitas dessas pessoas empreendedoras são artistas, que se lançam nesse mercado por paixão. Dessa forma, estas pessoas sentem dificuldades em ver sua arte como negócio, que precisa ser precificada, ter um plano de negócio e planejamento estratégico. As pessoas artistas quando se tornam pessoas empreendedoras, precisam aprender estratégias para sustentar seu negócio e a si mesmas.
Desafios dos negócios da economia criativa
Apesar de ser um setor que possibilita crescimento, não existe uma fórmula mágica para o sucesso de um negócio, mesmo dentro da Economia Criativa. Por isso, as pessoas artistas que desejam empreender dentro dessa economia precisam correr riscos.
Pode parecer simples ter a criatividade como centro de um negócio, afinal todas as pessoas têm ideias a todo momento. Entretanto, colocar essa ideia em prática é o que diferencia as pessoas empreendedoras. Isso porque, ao tirar uma ideia do papel e concretizá-la, pode-se encontrar muitas barreiras.
Por isso, é preciso que essa ideia antes que saia do papel, seja amadurecida e trabalhada para que realmente seja validada a possibilidade de se tornar viável (e rentável).
Pensando nisso, o Design Thinking surgiu como forma de auxiliar essas pessoas empreendedoras. Ele pode ser definido como um conjunto de métodos e processos originados do design para encontrar soluções, viabilidade e estruturação para ideias, projetos e negócios.
De forma resumida o Design Thinking, possibilita que as pessoas possam validar suas ideias para ver se vale a pena investir, ou encontrar soluções de tornar aquelas ideias viáveis. Dentro desse método, a pessoa:
1. Precisa imergir no problema, para entender de maneira aprofundada todas as suas dimensões.
2. Interpretar o problema, tendo ideias sobre como o problema pode ser solucionado.
3. Prototipar! A terceira etapa é a prototipação, quando as pessoas testam as ideias de solução de problema que mais se destacaram na etapa anterior, como forma de verificar se elas podem ser boas mesmos.
4. Por fim, temos a implementação, que é quando um dos testes de maior sucesso é aperfeiçoado e colocado em prática.
Você que tem um pequeno negócio, já pensou em como inovar e consequentemente gerar mais frutos para o seu negócio?