Organizações Sociais: como é o corre de um negócio de impacto? 

PorFA.VELA

ONG ou Organização da Sociedade Civil (OSC) são termos comuns, mas as pessoas sabem como é o trabalho realizado por esse tipo de instituição? Há muitos mitos sobre o funcionamento de um negócio de impacto. Neste texto vamos contar um pouquinho como é o corre das Organizações Sociais e, o mais importante, como as pessoas podem apoiá-las com pequenas atitudes, a favor da transformação social. 

Vamos começar do início: o termo Organização da Sociedade Civil (OSC) é uma nova denominação para as instituições que popularmente conhecemos como Organizações Não Governamentais (ONGs). A mudança se deu para que esse tipo de negócio tenha uma denominação que mostre o que ela é, ao invés de apontar o que ela não é.  

Dessa forma, as Organizações da Sociedade Civil (OSCs) são iniciativas privadas sem fins lucrativos, com o intuito de gerar impactos positivos na sociedade. Em outras palavras, são iniciativas que fazem parte do terceiro setor da economia, formadas a partir do livre interesse de pessoas, que buscam gerar transformações na sociedade. 

Estando no terceiro setor, o que diferencia uma OSC de um negócio tradicional, é que o negócio tradicional tem como objetivo o lucro, enquanto a OSC visa o impacto social positivo. Dessa maneira, enquanto o sucesso de uma empresa do primeiro setor é calculado pela quantidade de lucro acumulado, o sucesso de uma Organização Social é calculado pelo impacto conquistado por meio de suas ações. 

Mas Organizações Sociais são empresas? 

Sim! É importante a gente entender que: mesmo uma Organização da Sociedade Civil não visando lucro, ela ainda é um negócio. É preciso desmitificar a ideia de que uma OSC não é um negócio. Uma OSC opera como um negócio tradicional tendo apenas suas métricas de sucesso diferentes.  

Afinal as Organizações Sociais estão inseridas no mercado, seguem a legislação, precisam captar recursos para funcionar, tem uma equipe de colaboradores, além de possuir suas próprias despesas. Ou seja, por mais que não há um acúmulo de lucro, é uma instituição que precisa de dinheiro para funcionar. 

As próprias pessoas que lideram, ou querem liderar um negócio de impacto precisam entender este tipo de organização como um negócio. Infelizmente é comum que muitas pessoas, que estão inseridas no terceiro setor, tenham dificuldade de se enxergar como empreendedores justamente por causa desse mito. E por se distanciarem da ideia de um negócio, acabam não se capacitando para conseguir lidar com as burocracias que uma Organização da Sociedade Civil precisa cumprir para poder existir no mercado e, consequentemente, atingir seus objetivos. 

Só pode trabalhar em um negócio social por meio do trabalho voluntário?

Não! A ideia de que uma Organização Sem Fins Lucrativos não é uma empresa fortalece outro mito que paira sobre este tipo de instituição, que também precisa ser desmitificado. O mito que todas as pessoas que trabalham nessas instituições são voluntárias, oferecendo seus serviços de forma gratuita. ERRADO!  

Como são negócios, as Organizações Sociais precisam de uma equipe para conseguir funcionar. Estas pessoas, por sua vez, precisam estar capacitadas e isso tem um valor. Não apenas isso, assim como todas as outras pessoas também têm seu próprio custo de vida. Este é um ponto que o FA.VELA se orgulha, já que conseguiu conquistar uma equipe interna qualificada, com contratos CLT, fato que ainda não é uma realidade para muitos negócios do terceiro setor. 


Agora que já esclarecemos o que é uma OSC e como ela funciona, precisamos pontuar que cada instituição busca atuar focando em um problema da sociedade. Dessa forma, há instituições que trabalham com o intuito de erradicar a fome, outras focam na saúde, e por aí vai. No FA.VELA buscamos reduzir a desigualdade social por meio da promoção de habilidades empreendedoras e inclusão digital. 

Por que devolver habilidades empreendedoras é importante para a redução da desigualdade social? 

Na realidade do Brasil, para muitas pessoas a única alternativa de trabalho é por meio do empreendedorismo. Como no mercado de trabalho não há oportunidade para todas as pessoas, boa parcela da sociedade brasileira se vê obrigada a empreender para ganhar dinheiro para se sustentar e sustentar a sua família. 

Promover habilidades empreendedoras para esse grupo de pessoas se faz essencial, já que a sobrevivência das pessoas envolvidas nestes pequenos negócios depende do sucesso dos empreendimentos. Estas habilidades não são ensinadas nas escolas, apenas passadas em cursos especializados, acessíveis apenas a pessoas privilegiadas da sociedade. 

Dessa forma, a conta não fecha. De um lado há pessoas de grupos historicamente vulnerabilizados que precisam empreender pela falta de oportunidade do mercado, que não tem acesso a conhecimentos necessários da área. Do outro lado há pessoas pertencentes aos grupos privilegiados, que tem acesso a diversos tipos de conhecimento, que empreendem para aproveitar oportunidades de investimentos e assim, acumular ainda mais capital.  

E é neste ponto que o FA.VELA atua, promovendo habilidades empreendedoras para pessoas de grupo historicamente vulnerabilizados. Todo projeto desenvolvido é focado neste grupo de pessoas, desenvolvendo conhecimento compatível com suas realidades. Afinal, de nada adiantaria oferecer jornadas formativas para grandes empreendedores, se estamos trabalhando com microempreendedores. 

Como a sociedade pode ajudar? 

As doações são apenas uma maneira de apoiar organizações que desenvolvem atividades de impacto social. Sabemos, entretanto, que nem todas as pessoas podem realizar doações, independentemente do valor. O cenário econômico do Brasil é extremamente desigual.  

Há outras formas, sem custo, para que as pessoas possam ajudar as instituições com as quais identificam. Uma das formas é ajudar a desmitificar os mitos sobre as Organizações Sociais que já explicamos no início do texto. Mitos como: OSCs não são negócios e seu trabalho é apenas voluntariado.  

É preciso valorizar o trabalho das instituições e sua equipe para que consigam cada vez mais se capacitar e melhorar sua atuação. Consequentemente conseguiriam impactar ainda mais a sociedade em busca de um futuro menos desigual. Então, ajude divulgando as suas ações para que chegue a mais pessoas! Uma curtida ou compartilhamento nas redes sociais tem muito valor. 

Além disso, sempre que for consumir algo, busque alternativas que impactem negócios locais e negócios de impacto social. Sabemos que muitas vezes as alternativas das grandes empresas são mais acessíveis, mas se possível, escolha comprar do pequeno empreendedor. 

Se quiser saber mais formas para que você possa apoiar Organizações Sociais, baixe nosso e-book “5 ações para fortalecer o corre de Organizações de Impacto”.  A leitura é rápida e pode transformar vidas. 

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